Ouso resumir, brincando, claro, nossa primeira alada Vento Nortenha, assim:
Nietzsche diria: Ela é dinamite.
Vinicius de Moraes sentiria que encontrou sua cara-metade, e que os nove casamentos anteriores só o prepararam para esse encontro explosivo.
Charles Bukowski de duas, uma: ficaria intimidado com a concorrência ou seriam amigos inseparáveis.
Freud... tenho curiosidade de saber o que ele diria.
Albert Camus, Simone Beauvoir, Sartre refletiriam ainda mais sobre o existencialismo.
Michelangelo sairia do armário.
Oscar Wilde descobriria a potência da sua fala: “A moderação é uma coisa fatal.”
Leonardo da Vinci teria pintado Nana com asas e, se vivessem na mesma época, possivelmente teriam falecido jovens nas tentativas de voar com as engenhocas de Léo.
Nana não apenas aprendeu a voar conosco; ela conquistou os céus do mundo! De Curitiba ao Rio de Janeiro, do Rio para Barcelona, do parapente ao paraquedas, e do paraquedas para a cabine de um Airbus A330, um dos maiores aviões de passageiros do mundo, como piloto internacional. Sua história é um exemplo de que os sonhos não têm limites.
Após uma carreira de sucesso como piloto internacional, Nana encontrou na arte a liberdade que sempre buscava. Seus quadros, repletos de purpurina e cores vibrantes, expressam a alegria e a energia que sempre a impulsionaram.
Agora, Nana aterrissa também em nosso blog e e-mail marketing para dividir com nossos leitores momentos de desaceleração, reflexões e o humor que reflete sua alma aventureira.
Por quê? Porque nossa missão também é trazer mais leveza aos dias. Convenhamos que todo mundo merece um pouquinho de distração do caos do mundo. 😉
Prepare-se para navegar na vastidão das almas que voam!
Bons voos pelo primeiro texto da Nana no blog!
Com carinho,
Nicolle Muraro - Co-founder Vento Norte Paraglider
Por: Nana Araújo
A definição de arte pelo dicionário é: '"Produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana.”
Comecei a me sentir artista antes mesmo de me tornar uma: eu voava! 🪂
A sensação que eu sentia ao voar era a mesma que eu tenho quando estou produzindo uma obra: aquele momento só eu e Deus.
Com as minhas fantasias e percepções e ninguém ao lado para interferir na minha opinião. É o que eu entendo por meditação; livrar os pensamentos das preocupações, dos arrependimentos, dos rancores e das contas pra pagar.
E era sempre gostoso contar que eu voava, e me sentia mais orgulhosa ainda quando eu percebia que meu estilo de vida havia tocado a vida de alguém, que inspirava de alguma forma. Também tinham os julgamentos, que pra mim significa que incomodou, então em algum lugar tocou. 🤔 E nessa dança de identificação e julgamento vamos tendo mais consciência de nós mesmos.
As pessoas que mais me inspiram tiveram esse link entre o voar e o criar.
Antoine Exupéry, conhecido como o poeta da aviação, por ter feito de sua profissão a matéria-prima de seus livros. 📚 Ele foi o comandante do nosso primeiro voo que, com suas palavras, nos levou a voar com o Pequeno Príncipe para aquele planeta. Estimulou nossa imaginação e, para muitos de nós, pode ter sido onde nasceu a vontade de voar. 💭
Santos Dumont que concretizou o sonho de voar. Um gênio, um artista, um sonhador. O primeiro a voar com motor movido a explosão, o primeiro a ter um voo homologado (embora isso tenha dado origem a ANAC, ainda foi um feito poético). Inventor do motor de cilindros opostos, o primeiro a fabricar um avião em série e o inventor do relógio de pulso (para aperfeiçoar seu voo).
“Inventar é imaginar o que ninguém pensou;“As coisas são mais belas quando vistas de cima” 🌎
Aristóteles disse: "A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras'".
Foi lidando com meus medos que reconheci a minha coragem, nunca foi a falta dele. 👊
Eu queria voar, fiz o curso e comprei um parapente, eu tremia escondida para não demonstrar fraqueza, eu não conseguia ver que a coragem estava era no encarar para me realizar. 😅 O medo sempre esteve em cada decolagem, e recebia comigo a recompensa de me sentir pássaro e fazer parte do vento.
A cada viagem que fiz por esse mundo sozinha, a primeira vez me senti tão vulnerável, passava pela minha cabeça que coisas ruins poderiam acontecer e ninguém estaria do meu lado para me ajudar a superar. 😥 Mas assim conheci muitos países, fiz muitos amigos e vivi grandes histórias de amor. Meu medo estava sempre lá comigo, aprontamos muito e nos divertimos muito em nossas inconsequências.
E agora esse safado do meu medo resolveu fazer arte. Me expor ao ridículo para as pessoas das quais eu queria aprovação.🎭 E junto com o meu medo resolvi expor o que tem aqui dentro. E mais uma vez ele brinda comigo a realização de voar.
O medo habita onde há vida! 🖤
Sou Nana Araújo, a primeira aluna mulher da Vento Norte. Buscando realizar um sonho, encontrei um lugar que trouxe à minha vida muito mais do que a incrível sensação de voar. Envolvi-me em um universo particular, conectei-me com pessoas e descobri afinidades. O voo livre me libertou, apresentou novas experiências e acolheu meus medos e inseguranças.
Me ensinaram a voar, não apenas com o parapente. Encontrei uma família, um lugar de afeto, que sempre esteve ao meu lado ao longo desses quase 20 anos, apoiando-me em cada fase da minha vida.
Esse é o objetivo da Vento Norte: ir além do esporte, alimentar um estilo de vida para aqueles que desejam saborear a vida plenamente.
Para viver é preciso coragem!
Com amor, Nana Araújo.
@purpurinana