É NA NATUREZA QUE A VIDA SE ENCONTRA!

Trilhas e Aventuras: checklist completo + ética outdoor e Declaração de Tirol

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Cada trilha e cada voo começam dentro de nós

Quando caminhamos em meio à natureza ou decolamos rumo ao horizonte, não buscamos apenas um destino no mapa. Buscamos também conexão — com a natureza que nos envolve, com a aventura que nos desafia e com o lugar dentro de nós que só se revela quando abrimos espaço no turbilhão de compromissos para vivenciar aquilo que prezamos.

 

Henry David Thoreau encontrou na caminhada e na natureza a essência de sua filosofia de vida. Considerado um dos precursores do pensamento ambientalista moderno, Thoreau via a natureza não apenas como um cenário, mas como um ser vivo a ser respeitado e protegido. Suas reflexões plantaram as sementes do ambientalismo contemporâneo, inspirando movimentos de conservação e líderes como John Muir, que deu origem ao sistema de parques nacionais nos Estados Unidos.

Em seu famoso ensaio “Walking” (“Caminhar”), Thoreau escreve:

“Eu não posso preservar minha saúde e meu espírito, a menos que passe pelo menos quatro horas por dia, e geralmente mais que isso, vagando pelos bosques, colinas e campos, absolutamente livre de todas as obrigações mundanas.”

Para ele, caminhar era um ato de liberdade, uma prática espiritual e uma forma de manter o corpo e a mente saudáveis. Thoreau acreditava que a cidade limitava os sentidos e o espírito, enquanto a natureza expandia a percepção e despertava a verdadeira criatividade. Caminhar, em meio à terra viva, era sua forma de permanecer inteiro, e em Walden escreveu uma de suas frases mais famosas:

“Fui para o bosque porque queria viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida, e ver se eu não podia aprender o que ela tinha a ensinar, e não, quando viesse a morrer, descobrir que não tinha vivido.”

Friedrich Nietzsche também via a caminhada como parte essencial de sua vida. Na biografia “Eu Sou Dinamite”, Sue Prideaux conta que ele caminhava diariamente por longas horas, quase sempre em trilhas de montanhas, florestas ou paisagens naturais abertas. Nietzsche acreditava que o movimento físico, aliado ao contato direto com a natureza, clareava seus pensamentos e fortalecia seu corpo.

Ele sofria de dores crônicas e enxaquecas, e associava essas caminhadas na natureza à sua melhora física. Para ele, caminhar não era apenas exercício, mas uma prática de vida, criação e contemplação. “Os melhores pensamentos são concebidos enquanto caminhamos”, escreveu. Caminhar era, para Nietzsche, um caminho para manter a mente lúcida, a filosofia viva e o corpo fortalecido — sempre em conexão com a paisagem ao redor.

Leonardo da Vinci via a natureza como seu maior livro de estudos. Caminhava todos os dias para observar qualquer criaturinha, viva ou morta, e todos os fenômenos naturais. Nada lhe escapava ao olhar atento. Ele acreditava que, para criar, era preciso primeiro compreender a essência de tudo.

Como conta Walter Isaacson na biografia do grande gênio, Leonardo anotava três resoluções simples e profundas para a vida: “Caminhar todos os dias; ser gentil com animais e pessoas; e evitar pensamentos ruins.”

Leonardo também afirmava que “aprender nunca esgota a mente”, deixando claro que o verdadeiro cansaço está na estagnação, não no aprendizado.

“Aqueles que se encantam com a prática sem ciência são como marinheiros que entram em um navio sem leme ou bússola, nunca tendo certeza para onde vão.”-Leonardo Da Vinci

Todos esses livros estão disponíveis na biblioteca da nossa escola, para quem quiser se aprofundar.

Acreditamos que cada pessoa que vive a natureza em suas tantas formas — seja em um voo, uma trilha, um acampamento simples ou até mesmo cuidando das próprias plantas — descobre mais harmonia, paz e saúde. Porque não é só sobre parapentes, escaladas, caminhadas ou jardins. É na natureza que nos encontramos com a vida.

Porque no fim, como dizia Thoreau, “Em cada passeio na natureza, o homem recebe muito mais do que procura.” 

SUMÁRIO DA PÁGINA

Navegue pelos temas e encontre o que precisa para sua próxima aventura

Aqui você encontra todos os temas essenciais para planejar suas trilhas, voos e aventuras com segurança, consciência e liberdade. Clique diretamente no assunto que deseja explorar agora. E lembre-se: em qualquer momento, você pode usar o botão “Voltar ao Sumário” ao final de cada assunto para escolher outro caminho nesta jornada de aprendizados.

 

🔗Itens mais que básicos: o que deve estar sempre com você no dia a dia.

🔗Antes de partir: Reflexões que te ajudam a escolher a aventura certa para você.

🔗Não basta saber onde ir: Conheça o caminho, as suas exigências, a estrutura disponível e regras!

🔗Três dicas importantes: 01) Tempo e clima: Como prever ventanias, tempestades, riscos climáticos e usar os aplicativos de previsão do tempo? 02) Comunicação: Como manter familiares e amigos informados? 03) Sua saúde.

🔗O que vestir numa trilha, em um voo, em qualquer atividade outdoor?

🔗Dicas para montar o seu kit primeiros socorros.

🔗O que colocar no kit primeiros socorros?

Além de toda essa abordagem prática e completa, é importante lembrar que esses temas não se esgotam aqui. Cada reflexão, dica e conhecimento pode (e deve) ser aprofundado ao longo da sua jornada como aventureiro. Há sempre mais o que aprender sobre segurança, consciência e cuidados com a vida ao ar livre.
 
Para apoiar esse caminho, disponibilizamos também o eBook Guia Ético para Esportes de Natureza, um material valioso que reúne condutas, não regras – mas filosofias, princípios e responsabilidades que inspiram qualquer pessoa que viva suas aventuras com propósito. No eBook, você encontra os Sete Princípios Leave No Trace e as máximas e artigos da Declaração de Tirol, duas referências mundiais em atividades ao ar livre.
 
🔹 Baixe gratuitamente e inspire-se nesses valores universais, que nos ensinam a viver com mais respeito, consciência e harmonia com a natureza e com todas as pessoas ao redor.
MAIS QUE BÁSICO

Itens que sempre devem estar com você no dia-a-dia

Antes de falar sobre aventuras, tem itens muito importantes que devem estar sempre com você, inclusive dento da cidade e quem dirá em ambientes naturais.

Cartão com dados pessoais

Inclua nome completo, tipo sanguíneo, alergias, doenças pré-existentes, medicamentos em uso e contato de emergência. Se tiver, anote também informações do seu plano de saúde, seguro de vida ou seguro viagem.

Acredite, esses dados fazem diferença até em atendimentos urbanos em hospitais. Eles evitam erros de medicação, agilizam procedimentos de emergência e garantem mais segurança no seu cuidado.

E se estiver enfrentando qualquer enfermidade ou tratamento, inclua informações sobre sua jornada de saúde. Esse pequeno cuidado pode salvar sua vida ou facilitar imensamente o trabalho de quem estará cuidando de você.

Apito

Essencial para sinalização de emergência. Exige mínimo esforço físico, alcança longas distâncias e é indispensável caso você precise ser localizado rapidamente.

Telefones de emergência salvos no celular

➡️ Bombeiros (193)
➡️ Polícia Militar (190)
➡️ SAMU (192)
➡️ Telefones locais de resgate ou base da trilha, se houver.

Em viagens ou expedições, inclua:

➡️ Telefones para acionar o seguro viagem.

PLANEJAMENTO DA AVENTURA

Como planejar sua trilha, voo ou aventura com consciência e segurança

O planejamento é justamente o que nos permite encontrar tempo para vivenciar nossos sonhos.

Planejar não é só traçar rotas no mapa ou listar equipamentos na mochila. É desenhar cada passo com clareza, abrir espaço na agenda para realizar aquilo que move o coração e se preparar para viver cada etapa com segurança. Planejamento transforma sonhos distantes em experiências reais. 
Quando planejamos, não apenas chegamos ao destino — vivemos a jornada por inteiro, começando com questionamentos básicos:
 

Quais são as minhas motivações?

O que te impulsiona a buscar essa experiência? É superação, paz interior, conexão com a montanha ou autoconhecimento?
Resgatar a vida e se sentir mais vivo? Desconectar da selva de pedra? Movimentar o corpo em uma atividade prazerosa? Ou desejo de mudar o rumo da vida e viver plenamente? Descubra neste artigo como Thoreau inspirou gerações a buscar qualidade de vida na natureza.
Vale a pena a leitura! Saber aquilo que te impulsiona proporciona o mínimo de disciplina para alcançar suas metas.
 

Estou pronto(a) para essa trilha ou aventura?

Entender seu nível atual é essencial. Se você está começando, tudo bem não estar pronto para grandes desafios ainda. Comece da forma correta e tenha paciência com você mesmo. Não pegue atalhos — construa primeiro os alicerces, porque é assim que se vai mais longe.

E o medo? Lembre, a dúvida é o princípio da sabedoria. É o medo que irá fazer o trabalho importante de definir o como e traçar a jornada com responsabilidade e maturidade.  Saiba mais nesse artigo sobre coragem e prudência.

No voo livre, por exemplo, tudo começa com cursos e instrutores qualificados, maximizando segurança desde os primeiros passos. Já nas trilhas e caminhadas, comece por percursos mais curtos, bem sinalizados, com terreno estável. À medida que ganhar experiência, vá explorando rotas mais longas, técnicas ou com desníveis maiores, sempre com planejamento e respeito aos seus limites.

Dependendo dos seus objetivos lá da primeira pergunta, vale você definir onde quer chegar e então responder a próxima pergunta.

Por quais meios?

Esportes como o parapente não são aprendidos de forma autônoma com segurança; já as trilhas, embora muitas possam ser realizadas de forma autônoma, sempre recomendamos que comecem de uma forma mais aprofundada e conectada com os esportes, como por exemplo o curso básico de montanhismo do CPM - Clube Paranaense de Montanhismo.

Participar de aulas práticas e teóricas na atividade que deseja, pesquisar e estudar, tudo isso fortalece sua base e isso pode fazer uma diferença enorme em situações de emergência ou coisas simples, como o que não fazer na montanha. Ganhar experiência de forma gradativa é um caminho muito mais bonito e significativo.

Fazer parte de um curso fortalece sua jornada, maximiza sua segurança, traz amizades, pertencimento a uma comunidade e informações de qualidade que transformam sua prática e até mesmo o mundo.

E mais: em esportes de natureza, é sempre recomendado praticar em grupo e não sozinho. Ambientes ao ar livre oferecem riscos naturais, e ter companhia em uma emergência pode ser fundamental para garantir sua segurança.

Descubra as Informações Corretas

Como escolher a trilha ou a aventura certa para você?

Levantar dados e informações faz parte de uma aventura bem preparada. Um aventureiro consciente conhece as exigências técnicas, a infraestrutura disponível, os horários de funcionamento e as “regras do jogo”. É com esse conhecimento que ele planeja, prepara seu equipamento e se antecipa às demandas do caminho — evitando surpresas e garantindo que a jornada seja vivida com o mínimo necessário para conforto, segurança e diversão.
Todo local possui diferentes níveis de dificuldade e facilidades, seja no acesso, na logística, nos recursos disponíveis, no idioma ou nas exigências técnicas. Montanhas variam em altitude, exposição ao tempo e tipos de terreno únicos, e há até tentativas de graduar o nível técnico de cada trilha para orientar melhor os praticantes.
No voo livre, cada condição climática — como ventos fortes, fracos ou instáveis — exige do piloto técnicas específicas. Da mesma forma, cada local de voo tem suas próprias “graduações”, conforme as condições e particularidades de cada região.
Cada aventura traz seus próprios desafios e aprendizados. Visualize a jornada como uma escada que você está subindo: não pule degraus. Reflita sempre se o próximo passo está dentro do que você já domina ou se exige mais preparo, estudo ou orientação especializada.
 

Qual é a altitude da montanha e qual a altimetria acumulada do percurso? Como são os trechos e obstáculos ao longo do caminho? Há mudanças bruscas de clima durante a trilha? Existem trechos técnicos ou escaladas expostas que exigem experiência prévia?

No voo livre, como são as condições gerais do local? Cada período do ano traz mudanças — você está indo em uma época compatível com a sua habilidade? Quais os desafios específicos das decolagens em seus possíveis quadrantes de voo? E quais os desafios dos pousos e das rotas disponíveis?

Saber dessas exigências não deve te desmotivar — mas sim te preparar para decidir de forma consciente, segura e confiante aquilo que é compatível com a sua habilidade atual.

Informe-se sobre a infraestrutura do local. Existe alguma sede ou base de apoio? Há onde comer ou comprar suprimentos? Onde estão os pontos mais próximos de “civilização” caso precise de apoio rápido?
Em trilhas, verifique a localização de pontos de água, áreas de acampamento, locais de descanso e rotas alternativas. Em áreas remotas, confirme se existem pontos de ajuda ou resgate disponíveis, e se há sinal de celular.
No voo livre e no hike and fly, sempre tenha rádio para comunicação e considere o uso de localizador satelital (como o Spot), para voos de distâncias ou travessias belíssimas por nossas serras.

Antes de qualquer aventura, busque mapas detalhados, relatos de quem já percorreu o caminho e reviews atualizados sobre as condições. Sites de montanhismo, blogs de trilheiros e aplicativos de navegação podem trazer informações essenciais sobre tempo de percurso, pontos de água, trechos técnicos e riscos. Muitos desses aplicativos e sites oferecem mapas de trilhas para baixar, permitindo acesso offline durante o percurso.

No voo livre, procure o clube local para se informar sobre as condições e procedimentos da região. Caso não exista, entre em contato com pilotos que voam no local para entender os desafios específicos. Você também pode encontrar informações básicas no Guia 4 Ventos.

Planejar com base em informações reais e atualizadas garante segurança, confiança e a melhor experiência possível.

 
Em todo o mundo, existem regras universais sobre esportes e cidadania, tais como: não deixar lixo, cuidar da fauna e da flora, ser educado no sentido amplo, não invadir espaços privados ou residenciais, entre outras condutas básicas fundamentais. Além disso, sempre verifique as normas e regras locais: se há restrições de acesso ao trajeto, necessidade de autorização prévia, horários permitidos ou limites de visitantes. Use o bom senso como seu maior guia.
 
No voo livre, algumas rampas possuem regulamentos próprios definidos pelos clubes locais, que incluem rotas recomendadas, áreas de pouso permitidas ou proibidas — seja por questões técnicas ou por serem áreas privadas. Conheça o regulamento do local. 
 
No voo livre, é obrigatório que todo o piloto respeite as regras estabelecidas pela ANAC, por meio do RBAC 103, que trata especialmente do uso do espaço aéreo, além do regulamento da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL), que regulamenta a prática do voo livre esporte no Brasil.
 
Caso não encontre informações sobre as regras dos locais online, entre em contato diretamente com o clube ou com pilotos que frequentam o local para garantir o respeito e harmonia.
 

Lembre-se: quando estamos em um lugar, seja ele uma trilha, montanha, clube, cidade ou país, não é nosso papel impor nossas regras ou costumes. Assim como esperamos que respeitem nossas formas de viver, devemos respeitar as regras e tradições locais, mesmo quando não concordamos plenamente com elas.

Seguir normas e regras não é apenas uma obrigação: é demonstração de respeito, humildade e consciência como visitante e ser humano.

SEGURANÇA E PREPARO

3 Dicas Importantes e práticas pré-aventura!

Analisar as condições climáticas, garantir uma comunicação segura durante todo o percurso e cuidar da sua saúde física e mental. São cuidados simples que fazem toda a diferença para que cada jornada seja vivida com mais confiança, tranquilidade e prazer.

Condições Climáticas

Como analisar as condições climáticas antes da trilha ou voo?

Acompanhar os sites de previsão do tempo é essencial antes de qualquer aventura. Analise as tendências para toda a semana e, de preferência, consulte pelo menos três fontes diferentes para ter maior confiabilidade. Aqui na Vento Norte usamos muito o Windfinder e o Windy para planejamento de voos e trilhas.
 
✔️ No voo livre, voar em dias de garoa, chuva ou tempestades é extremamente perigoso, incompatível com o equipamento. Ventanias idem. Existe uma janela operacional, e essa deve ser respeitada.
 
✔️ Nas trilhas e cachoeiras, tempestades aumentam drasticamente os riscos: raios, quedas de árvores, enchentes e alagamentos podem ocorrer. Em cachoeiras e rios, há ainda o risco de “cabeça d’água” – uma enxurrada repentina causada por chuvas fortes a quilômetros de distância, capaz de arrastar tudo em seu caminho.
 
🔹 Planejar sua aventura de acordo com o clima é um ato de respeito à natureza e a si mesmo. Além de aumentar sua segurança, garante a melhor experiência possível, com mais tranquilidade, presença e prazer.
 
🌤️ Dica extra: No nosso Curso de Parapente Iniciante, meteorologia é um módulo obrigatório – afinal, entender o vento e o clima é fundamental para voar com segurança. Da mesma forma, no Curso Básico de Montanhismo do CPM, você aprende a ler previsões e observar sinais climáticos para planejar ascensões seguras e responsáveis.
Comunicação Segura

Como garantir comunicação segura durante trilhas e voos?

Em qualquer trilha, montanha ou voo, manter comunicação com outras pessoas pode ser um fator chave de segurança. Mas a verdade é que nem sempre haverá sinal de celular ou resposta rápida – por isso, prevenir é sempre melhor do que remediar.
 
✔️ Avise alguém de confiança sobre seu roteiro completo, incluindo pontos de partida e chegada, horários previstos de saída e retorno, e possíveis alterações de trajeto. Essa simples atitude pode salvar vidas.
 
✔️ Leve bateria extra (power bank) para garantir carga no celular durante toda a jornada.
 
✔️ Carregue um rádio comunicador. No montanhismo, muitos grupos utilizam rádios para contato entre si e com base de apoio. No voo livre, o rádio é item obrigatório para comunicação em solo e em voo.
 
✔️ Considere um localizador satelital, como Spot ou Garmin InReach, que permite enviar mensagens curtas e coordenadas mesmo sem cobertura de celular, além de acionar equipes de resgate em emergências.
 
📡 Dica extra: Se deseja aprender a usar rádios com eficiência e responsabilidade, recomendamos o Curso de Radioamadorismo do Clube Paranaense de Montanhismo, que ensina operação prática e regras de uso.
 
Vale para qualquer pessoa interessada em se aprofundar no radioamadorismo. As turmas não são frequentes, então fique atento aos avisos.
Saúde

Quais cuidados de saúde ter antes de trilhas ou voos?

Sua saúde é a base de toda aventura segura e prazerosa. Antes de qualquer trilha ou voo, avalie como está seu preparo físico e mental. Atividades outdoor exigem força, equilíbrio e disposição – e começar aos poucos é sempre o melhor caminho.
 
✔️ Faça check-ups regulares, especialmente se vai praticar atividades intensas ou em altitude.
 
✔️ Alimente-se bem nos dias que antecedem a aventura, garantindo energia estável.
 
✔️ Hidrate-se antes e durante o percurso para manter a vitalidade.
 
✔️ Descanse e durma bem na véspera: a fadiga reduz atenção, força e segurança.
 
🔹 Dica extra: treinos de fortalecimento, caminhadas e alongamentos regulares preparam seu corpo para trilhas desafiadoras, melhorando rendimento e prevenindo lesões.
 
Respeitar os sinais do seu corpo é tão importante quanto qualquer planejamento técnico. Saúde é liberdade para viver mais aventuras.
Equipamentos

Equipamentos

✅ Faça a revisão na noite anterior, especialmente se sua atividade envolver voo livre, escalada ou acampamento. Checar com antecedência evita esquecimentos de última hora.✅ Carregue todos os eletrônicos: Celular, Rádio comunicador, Localizador satelital ou GPS. Lanternas ou headlamps✅ Leve baterias extras ou power bank, principalmente para aventuras longas ou em locais sem energia.✅ Verifique bastões de caminhada, cordas, mosquetões e qualquer outro equipamento técnico — pequenos danos ou mau funcionamento podem comprometer sua segurança.

Alimentos

Alimentação em aventuras

✅ Água: Leve quantidade suficiente para todo o trajeto, considerando possíveis atrasos. Em trilhas longas, avalie a necessidade de filtros ou pastilhas de purificação. Hidrate-se constantemente, mesmo sem sede.✅ Alimentação: Priorize alimentos leves, calóricos e fáceis de consumir, como castanhas, barras de cereal, frutas secas e sanduíches simples. Evite itens perecíveis sem refrigeração. Leve sempre um pequeno excedente, como reserva para imprevistos.

sem sinal

Leve Dinheiro

Muitos locais são remotos, sem sinal de Wi-Fi ou máquina de cartão. Ter dinheiro trocado pode ser essencial para entradas, transporte ou pequenos comércios locais.

Vestuário Montanha

O que vestir em trilhas, montanhas, voo livre ou qualquer aventura na natureza.

Em primeiro lugar: use aquilo que te deixa confortável e que seu bolso permite investir.
 
A melhor roupa é aquela que te leva até onde você quer chegar, com segurança e conforto e dentro das suas possibilidades.
 
Talvez você já tenha em casa peças que podem ser usadas nessas aventuras – seja para trilhas, travessias, para o voo livre ou qualquer outra atividade outdoor

Aos poucos, se quiser e puder, poderá investir em itens mais técnicos e específicos, que vão trazer ainda mais segurança, conforto, performance e estilo para suas experiências na natureza e no ar.

O importante é ter um norte de como se vestir para cada situação, entender o que cada peça faz por você.

Segue aqui algumas informações claras para te ajudar a decidir o que realmente faz sentido usar agora, o que pode adaptar, e no que vale a pena investir ao longo do tempo, seja para trilhar caminhos ou voar alto com segurança, conforto e liberdade.

🌦️ Considere terreno, clima e aventura

Na montanha ou no voo livre, a temperatura diminui conforme você sobe, e o clima pode mudar rápido.

Você pode sair de casa com 40°C de calor e, poucas horas depois, estar com 10°C, vento frio em altitude e chuva.

✔️ Esteja preparado, mas não exagere carregando coisas desnecessárias.
✔️ Pense nas mudanças de temperatura, no terreno e no tipo de aventura que vai fazer.
✔️ Tenha sempre na mochila um casaco quente e uma anorak (corta-vento ou impermeável).

Esses cuidados não são só para o seu conforto. Eles também ajudam a evitar situações como hipotermia, insolação, queimaduras de sol (que podem até levar a câncer de pele), arranhões e outros machucados que podem atrapalhar – ou até mesmo interromper – sua aventura.

Assim, você estará mais preparado para os eventuais perrengues sem carregar peso desnecessário e com mais confiança para curtir o caminho ou o voo.

🌟 O segredo: sistema de camadas

Usar roupas em camadas é a melhor forma de se manter confortável e seguro, seja na montanha ou no voo livre.

Cada camada tem uma função específica:

Primeira camada: afasta o suor da pele;

Segunda camada: aquece o corpo;

Última camada: protege do vento e da chuva.

Primeira Camada

Segunda Pele

Essa é a camada que fica em contato direto com a pele e faz toda diferença no conforto.
Função: afasta o suor da pele, mantendo você seco e evitando sensação de frio ou assaduras.
 
Melhores tecidos:
Poliamida ou poliéster: leves, secagem rápida, bom custo-benefício;
Lã merino: aquece mesmo molhada, controla odores e é mais confortável, ideal para travessias ou voos longos.
 
Modelagem: deve ser ajustada ao corpo, mas sem apertar, para funcionar bem.
 
Proteção extra: opte também por roupas com proteção UV, ótimas para usar como única camada em dias quentes em solo.
 
Se utilizar roupas de algodão, saiba que: ele retém suor, esfria rápido e aumenta o risco de desconforto ou até hipotermia. O algodão até refresca no calor seco, mas molhado esfria rápido o corpo e demora a secar. Prefira tecidos que te mantenham seco e pronto para qualquer mudança de clima.
 
Uma boa segunda pele mantém seu corpo seco e confortável, seja caminhando ou voando, e garante mais segurança nas mudanças bruscas de clima.
Segunda Camada

Aquecer o corpo

Essa é a camada que mantém seu corpo aquecido ao reter o calor que você mesmo produz.
 
Função: isolamento térmico – segura o calor corporal, essencial em clima frio, altitude ou vento forte.
 
Melhores opções:

Fleece: leve, esquenta bem, respira e seca rápido.

Jaquetas puffer (sintética ou pluma): ótimas para frio intenso, aquecem muito e são compactas.

Blusas de lã grossa: aquecem bem, mas pesam mais e demoram a secar.

Modelagem: Deve ser confortável, mas não muito larga, para reter o ar aquecido próximo ao corpo. (No voo livre roupas muito largas ficam "panejando" com o vento e isso é muito chato, além do ar que entra e esfria o corpo, o que não queremos).

⚠️ Mesmo no verão, pilotos sempre voam com preparados para baixas temperaturas, ou seja, com blusas que mantenha o calor do corpo durante o voo. A temperatura diminui aproximadamente 1°C a cada 100 metros de elevação.

 
Importante:
A segunda camada não bloqueia vento ou chuva. Para isso existe a terceira camada.
Terceira Camada

Proteção Contra Vento e Chuva

Essa é a camada que protege você do vento, da chuva e até da neve, mantendo o calor gerado pelas camadas internas.
 
Função: bloquear vento, chuva e umidade externa, impedindo que o frio roube seu calor corporal.
 
Portabilidade: O ideal é que essa camada seja pequena e compacta (dentro de um saquinho dela mesma), cabendo facilmente na mochila, para que você possa carregar sempre, mesmo sem previsão de chuva.
 
Melhores opções:

Corta-vento (windbreaker): leve, compacto, ideal para ventos moderados sem chuva forte.

Anorak impermeável (hardshell): protege de chuva intensa, vento forte e neve, além de manter boa respirabilidade se tiver tecnologias como Gore-Tex, DryVent ou Omni-Tech.

No voo livre: Pilotos usam anorak ou jaqueta impermeável corta-vento para evitar perda rápida de calor em altitude, mesmo em dias quentes no pouso.

Modelagem: Deve permitir vestir por cima de todas as camadas, sem limitar movimentos.
 
Importante: Essa camada não aquece sozinha. Seu papel é manter o calor das camadas internas, bloqueando o frio externo. 
 
Calças

Tecido certo para cada aventura

Em climas quentes e úmidos:
Poliamida ou poliamida + elastano: leves, respiráveis e secam rápido.
Calças zip-off: viram bermuda, práticas em dias de muito calor ou variação de temperatura.
 
Em clima frio ou ventoso:
Softshell: bloqueia vento e aquece mais.
Poliamida + segunda pele térmica: boa combinação para frio moderado.
 
Em alta exposição ao clima:
Hardshell (impermeável): protege contra chuva intensa ou neve, usada por cima de calça térmica ou segunda pele.
Softshell térmica: aquece e bloqueia vento leve e umidade.
 
Dicas extras:
Calças com proteção UV são essenciais em trilhas longas e expostas.
 
Reforços nos joelhos, assento e canelas/panturrilhas: aumentam durabilidade, protegem contra abrasões, mato alto, espinhos e podem ajudar como uma barreira simples contra picadas de cobra. Não substituem polainas ou perneiras anti-cobra em áreas de maior risco, mas são um reforço adicional muito bem-vindo para trilhas em matas, campos e ambientes com presença de serpentes.
 
Modelagem anatômica: deve permitir movimento amplo sem sobras que enrosquem.
 
Evite jeans e moletom: pesam, secam devagar, limitam movimentos e retêm suor.
Autonomia e Cuidado

Dicas para montar o seu kit Primeiro Socorros

Ter um kit de primeiros socorros bem montado não significa esperar pelo pior, mas sim garantir tranquilidade para aproveitar sua aventura com segurança.
 
É importante lembrar que, mesmo em aventuras de um dia ou em locais com alguma infraestrutura, cada pessoa deve carregar o seu próprio mini kit de primeiros socorros na mochila. Itens básicos como band-aids, antissépticos, pinça para farpas ou uma pequena atadura fazem diferença em situações simples do dia a dia outdoor. Afinal, em um passeio ou caminhada, você pode se afastar do grupo por alguns minutos e precisar resolver rapidamente pequenos incidentes sem depender dos outros.
 
✔️ Dica prática: revise sempre a validade dos itens do seu kit antes de cada saída. Preparação é também atenção aos detalhes.
 
Em caminhadas curtas, pescarias ou passeios em cachoeiras, um kit básico já resolve pequenos imprevistos, permitindo que você siga com conforto e confiança. Normalmente, esses locais contam com alguma infraestrutura e atendimento dentro do esperado em áreas urbanas.
 
Para aventuras mais longas ou em áreas de difícil acesso ou mais isoladas, como travessias de vários dias ou montanhas, é essencial montar kits mais completos, adaptados à duração e ao ambiente. E se você sonha com expedições maiores ou lugares muito remotos e inóspitos, vale muito considerar um curso de primeiros socorros em áreas naturais. Além de trazer mais autonomia e segurança nas trilhas, esse conhecimento é útil em qualquer situação da vida – seja em atendimentos urbanos, com crianças, em acidentes domésticos ou quando alguém próximo precise de ajuda até a chegada do serviço de emergência.
 
Preparação nunca é excesso. É cuidado – com você e com quem está ao seu redor.
Kit Primeiros Socorros
Primeiros Socorros

O que incluir no kit primeiros socorros?

Sempre considere a sua demanda pessoal:
Sua condição de saúde. (Asma, pressão alta ou baixa, diabetes, e etc).
Restrições e alergias pessoais.
O tipo de aventura e duranção.
O clima e as condições (altitude, variação de temperatura, exposição ao tempo, etc).
Consulte médico antes de incluir itens que você não tem conhecimento ou receita. 
Leve a bula e as posologias indicadas. 
Primeiros Socorros Pequeno
Estojo Primeiros Socorros

Locais com certa infraestrutura

Normalmente, um kit leve e prático é suficiente. Opte por uma bolsa pequena, resistente e à prova d’água, organizando os itens em saquinhos zip lock ou compartimentos por categoria. Esse tipo de estojo é mais focado em situações comuns, como:
Cortes e arranhões leves, bolhas nos pés, Torções leves, Picadas de insetos, Desconfortos digestivos ou dores de cabeça.
Primeiros Socorros Montanhas
Estojo Primeiros Socorros

Montanhas/Travessias

Em travessias de vários dias ou atividades em ambientes de maior exposição, é essencial um kit mais completo, incluindo: Medicação extra (analgésicos, anti-inflamatórios, antialérgicos, etc.) Itens adicionais para frio, calor ou variações de altitude. Todos os materiais de um kit simples, reforçados em quantidade ou tamanho

primeiros socorros remotos
Estojo Primeiros Socorros

Áreas Remotas ou Viagens

Antes de se aventurar em regiões de difícil acesso ou até mesmo países, consulte um médico para que ele te auxilie a montar o seu kit. Ele poderá indicar: Medicamentos de amplo espectro (antibióticos, caso necessário), Medicações específicas para prevenção ou tratamento de infecções, Remédios para mal de altitude ou condições específicas do destino. E mais uma vez, se possível, realize o curso de atendimento pré hospitalar em áreas remotas.
CheckList Kit

O que colocar no seu kit de primeiros socorros para trilhas e aventuras

Carregue sempre o seu kit com você. Ele deve ficar na sua mochila, junto de você, e de ninguém mais. Assim, se precisar de algo, estará à mão, lembre que são suas demandas. Além de prático, demonstra responsabilidade com a sua saúde e autonomia em qualquer situação.

✔️ Dica: mesmo em passeios curtos ou em locais com boa infraestrutura, ter um kit pessoal evita contratempos.

Itens Básicos

✔️ Luvas descartáveis – higiene.
✔️ Curativos adesivos (band-aid) – cortes e bolhas pequenas.
✔️ Gaze estéril – cobrir feridas maiores.
✔️ Esparadrapo ou fita micropore – fixação de curativos.
✔️ Atadura elástica – torções e compressões leves.
✔️ Pinça – remoção de farpas ou espinhos.
✔️ Tesoura pequena com ponta arredondada – segurança no corte de materiais.
✔️ Soro fisiológico (pequenas ampolas) – limpeza de feridas ou olhos.
✔️ Lenços antissépticos ou álcool 70% – higienização rápida.

Medicamentos

Carregue sempre seus medicamentos de uso contínuo e consulte um médico para inclusão de outros remédios conforme seu histórico de saúde e o destino da aventura. Verifique a validade antes de sair.

Analgésico (paracetamol, dipirona)

Anti-inflamatório (ibuprofeno)

Antialérgico (loratadina)

Antiespasmódico (buscopan)

Antiemético (dramin)

Antidiarreico (imosec ou similar)

Sal de reidratação oral ou repositor eletrolítico.

Pomadas calmantes ou antialérgicas. (ex: Polaramine creme, Caladryl)

Itens Avançados

Existem situações em que apenas o kit não é suficiente. Imobilizações, fraturas, hipotermia, paradas cardiorrespiratórias e outras emergências graves exigem conhecimento técnico adequado.

✔️ Itens como manta térmica, talas rígidas ou kits avançados devem ser utilizados por pessoas capacitadas.

✔️ Clubes de voo, sedes de montanhismo e grupos organizados normalmente possuem equipamentos completos de atendimento, além de profissionais treinados.

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Passo a passo

Felicidade

Ao fim de toda jornada, reflita:O que aprendi nesta aventura?O que posso melhorar no meu próximo planejamento para aumentar a minha segurança e felicidade?Como minhas escolhas impactaram a mim, aos outros e ao ambiente?

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